IMG-LOGO
Início Notícia Democracia com Lula X Radicalização com cheiro de pólvora

Democracia com Lula X Radicalização com cheiro de pólvora

IMG

Não se trata de ser nenhum vidente ou então apocalíptico para avaliar a atual crise política e econômica que assola o país desde 2014, quando da realização da Copa do Mundo, ocasião em que milhões de brasileiros foram as ruas protestar e pedir profundas mudanças no país. É que o cenário das eleições presidenciais para 2018 promete acirrados confrontos. Isto porque a nação vive um período de encruzilhada histórica, divisão, apodrecimento dos poderes da república, quebra do pacto de convivência firmado na Constituição de 1988, feito entre as diferentes forças políticas, o empresariado e as entidades representativas da sociedade civil. A nação clama por profundas mudanças no fazer político, das regras de como parlamentares e gestores são eleitos, reivindica maior participação, transparência e controle do judiciário, legislativo e do executivo. O certo é que esses poderes republicanos devem atuar para garantir a liberdade e igualdade de oportunidades a todos(as) os brasileiros, independente da classe social, renda, cor, gênero, etc.    A democracia deve ser retomada e garantida para que renasça um novo pacto de civilidade política. Fora disto é barbárie, ditadura, imposição econômica e política de um modelo de sociedade que exlui quem pensa diferente, quem não tem renda para garantir seus direitos, deixa a maioria do povo jogado a sua própria sorte e o Estado passa a servir apenas a uma parcela privilegiada da sociedade. O impasse político que hoje está mergulhado o Brasil é perigoso, de um lado estão aqueles que reivindicam o retorno da democracia inclusiva que defende que Lula e os demais candidatos tenham liberdade para que se candidatem e sejam julgados pelo povo nas urnas. Do outro tem aqueles que desejam excluir Lula do páreo e deixar apenas candidaturas "consentidas pelo judiciário".  Qual a saída para esse imbróglio? Aqui cabe afirmar que, historicamente, toda vez que a jovem democracia brasileira tende a se aprofundar, "barreiras políticas, econômicas e jurídicas" são erguidas para que o retrocesso do autoritarismo e da imposição voltem a governar a nação. Foi assim em 1954, com Getúlio Vargas, com Juscelino e Jango, na década de 1960 e agora com Lula em 2018. Portanto, não será surpresa se a ordem constitucional democrática que rege o país desde 1988, aliás esse filme já se conhece, ou seja, for quebrada em definitivo, pois escancarada já está. Para isto, os conservadores não exitarão em recorrer aos militares, botar o exército nas ruas ou então impor o parlamentarismo goela abaixo.  Não conseguindo viabilizar essa velha saída devido as pressões das ruas, não será também surpresa se dessa vez Lula e todos os demais candidatos for "permitido" que adentrem a arena democrática e busquem a legitimação através do voto popular nas urnas. Agora - é importante ressaltar - isso não vai ocorrer sem chantagens, ameaças, boicote e até mesmo com o cheiro de pólvora exalado por cadáveres que no passado conseguiram tirar Getúlio, Juscelino e Jango do páreo.   Os defensores da democracia brasileira têm a obrigação de alertar e preparar a nação, lutar nas ruas contra esses expedientes nocivos que, historicamente, sempre fizeram o Brasil retroagir, que resultaram em longos anos de subserviência, privilégios para poucos e exclusão econômica, política e social da maioria do povo brasileiro.         Os movimentos sociais, universidades, igrejas, a classe média são desafiados a pressionar, exigir o retorno da democracia, que o judiciário não seja seletivo e parcial na hora do "consentir" quais os candidatos(as) devem disputar a eleição presidencial, sob pena de ser cerceado o livre direito de escolha do povo nas urnas.   O povo brasileiro clama por democracia, liberdade e igualdade para todos e todas. Que esses princípios sejam exercidos em sua plenitude!      Acessepiaui