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Empresas bancam campanha de fake news contra Haddad (PT)

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Diversas empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens falsas (fake news) contra o PT no Whatsapp e preparam uma grande operação na semana anterior ao segundo turno. A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada. Conforme investigação do jornal Folha de São Paulo, cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan. Os contratos são para disparos de centenas de milhões de mensagens. As empresas que apoiam o candidato Jair Bolsonaro (PSL) compram um serviço chamado de "disparo em massa", usando a base de usuários do próprio candidato ou bases vendidas por agências de estratégia digital. Isso também é ilegal, pois a legislação eleitoral proíbe compra de base de terceiros, só permitindo o uso das listas de apoiadores do próprio candidato (números cedidos de forma voluntária). Os preços variam de R$ 0,08 a R$ 0,12 por disparo de mensagem para a base própria do candidato e de R$ 0,30 a R$ 0,40 quando a base é fornecida pela agência. As bases de usuários muitas vezes são fornecidas ilegalmente por empresas de cobrança ou por funcionários de empresas telefônicas. Enquanto isso, na prestação de contas do candidato Jair Bolsonaro (PSL), consta apenas a empresa AM4 Brasil Inteligência Digital, como tendo recebido R$ 115 mil para mídias digitais. O professor Diogo Rais, professor de direito eleitoral da Universidade Mackenzie, afirma que a compra de serviços de disparo de WhatsApp por empresas para favorecer um candidato configura doação não declarada de campanha, o que é vedado. As mensagens usadas contra o candidato Fernando Haddad (PT), inclui mentiras, fake news como o kit gay e mamadeiras eróticas, Haddad como dono de ferrari; fotos de mulheres nuas associadas ao PT; fotos de pessoas quebrando imagens de santos associadas aos petistas; fotos da vice de Haddad, Manuela D'ávila, cheia de tatuagens; urnas sendo fraudadas; etc. O mais grave é que essa ilegalidade e imoralidade pouco vem sendo combatida pelas instituições responsáveis pela manutenção do Estado de Direito, conforme prevê a Constituição Federal. Cabe ao TSE punir e cassar candidaturas que usam de práticas mentirosas e caluniosas com a finalidade de fraudar e ganhar a eleição presidencial. Os brasileiros e brasileiras defensores da democracia são desafiados e convocados a não aceitar mais esse golpe!. "Os movimentos sociais tem a grande responsabilidade de mobilizar, fazer o corpo a corpo em defesa do estado democrático de direito, para que as eleições sejam limpas e livres, sem interferência dos grupos econômicos, homofóbicos e racistas", destaca José Inácio Schuck, diretor do Sintsprevs-PI e conselheiro de saúde.