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“Se votar, não volta!”

Fenasps protesta na Câmara contra a Reforma Administrativa

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 Entidades sindicais denunciaram que não tiveram direito à fala na Câmara

Na quarta-feira, 03 de setembro, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), convocou uma Comissão Geral para debater a Reforma Administrativa. A sessão, realizada no plenário da Casa, foi marcada pela pressa em avançar com uma proposta que sequer foi apresentada de forma clara à sociedade. 

Mesmo sem relatório oficial do Grupo de Trabalho concluído, a direção da Câmara decidiu abrir o debate, num gesto que as entidades classificaram como mais uma tentativa de atropelar a democracia e empurrar goela abaixo um projeto que desmonta direitos históricos do funcionalismo e ameaça a qualidade dos serviços públicos.

Enquanto deputados se revezavam nos microfones, do lado de fora, no Anexo II, a cena era outra: centenas de servidoras e servidores se mobilizavam em ato contra a reforma, organizado pelo Fonasefe, com a participação da FENASPS. Faixas, cartazes e palavras de ordem ecoaram pelos corredores do Congresso, lembrando aos parlamentares que a categoria não aceitará retrocessos. O recado foi contundente: “Se votar, não volta!”.

Apesar do caráter de Comissão Geral, que deveria permitir a manifestação de sindicatos e entidades representativas da sociedade civil, houve cerceamento da participação. Organizações sindicais denunciaram que não tiveram direito à fala no plenário, mesmo com ofícios encaminhados previamente. Esse bloqueio foi entendido como mais uma manobra para calar a voz dos trabalhadores e impedir que a sociedade conheça os reais impactos dessa reforma.

O protesto no Anexo II não foi apenas simbólico: mostrou que, diante da tentativa de avançar com pressa e sem transparência, a resposta dos servidores será firme, unificada e combativa. A mobilização segue em curso, com novos atos já convocados para os próximos dias em Brasília e pressão direta sobre os parlamentares em suas bases eleitorais.

A FENASPS, junto com as demais entidades do Fonasefe, reafirma que continuará na linha de frente da luta. O recado é claro: se a Câmara insistir em aprovar a Reforma Administrativa, não haverá trégua. Essa batalha é em defesa não apenas dos servidores, mas de toda a classe trabalhadora, que depende de um serviço público forte, estável e comprometido com os direitos sociais.

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