O Sintsprevs-PI (Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência Social no Estado do Piauí) vem a público apoiar a investigação feita pela CGU, MPF, TCE e Polícia Federal que está investigando fraudes em contratos de gestão da OSS que administra o Hospital Estadual Dirceu Arcoverve, em Parnaíba. 

A investigação apurou até o momento fraudes da ordem de R$ 66 milhões, inclusive com apreensão de R$ 1 milhão e espécie e outros bens, como carros, imóveis e relógios de luxo. A operação da PF,  denominada de "OMNI", prendeu até agora dois entre os principais envolvidos,  Bruno Santos Leal Campos e Nemesio Martins de Castro Neto, que são proprietários de empresas prestadoras de serviços. 

Os dois presos são acusados de desviar recursos via contratos viciados e fraudulentos, firmados entre a OSS (Organização Social de Saúde) que administra o Hospital Estadual de Parnaíba com empresas prestadoras de serviços. 

Além desse do hospital de Parnaíba, também estão sendo investigados outros hospitais estaduais do Piauí, que também são administrados por OSS, através contrados de gestão firmados com a  SESAPI (Secretaria Estadual de Saúde do Piauí). No caso do Hospítal de Parnaíba, a empresa, OSS, que administra o Hospital é a ISAC. 

A operação da PF também atinge a Fundação Municipal de Saúde de Teresina, cuja investigação trata sobre fraudes nos serviços de homodiálise.

Além de vegonhoso, é doentio normalizar roubos, principalmente de recursos públicos da saúde no Brasil. Todos os dias, na mídia circulam notícias dando conta de roubos e fraudes no SUS, principalmente quando a gestão é repassada para OSS. 

O Sintsprevs-PI repudia esse modelo de gestão e apoia todas as investigações para moralizar aplicação dos recursos públicos, sobretudo na área da saúde. 

Reafirmamos nossa posição contrária a administração de hospitais públicos feitas por OSS, que na verdade são empresas privadas, que usam os recursos públicos como bem entendem, sem transparência e o controle social. 

Não é por acaso, que as Confereências de Saúde por diversas vezes já rechaçaram esse modelo de gestão.  A verdade é que esse modelo das OSS facilita fraudes e acoberta desvios de recursos públicos. 

No Piauí, o governo já repassou a maioria dos hospitais estaduais para gestões feitas por OSS. Isso vai contra os princípios do SUS e a Constituição Federal.

O Sintsprevs-PI cobra posição do Governo do Piauí sobre esse modelo de gestão e dos orgãos de fiscalização da saúde no Piauí, como, do Conselho Estadual Estadual de Saúde e do Conselho Municipal de Saúde Teresina que se manifestem diante desse escandalo. 

Por um SUS 100% público e sob controle social. 

Diretoria do Sintsprevs-PI